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O CAMINO - Capítulo III: Salas - Tineo

A rotina da manhã já se começa a instalar! Acorda-se cedo, mas nunca sou o primeiro a acordar. Num ápice colocamos as tralhas na mochila e depois sair porta fora. Se não há pequeno almoço preparado de véspera, então há que procurar um café que esteja aberto logo desde cedo.
Hoje foi assim mesmo, num café, a pedir uns «bocadillos» e uns sumos para comer mais lá à frente. A humidade estava mesmo no limite de se chamar chuva-molha-parvos, e por isso coloquei novamente o poncho a proteger-me a mim e à mochila.
A oração foi feita à porta da Igreja de Salas, e depois pés ao caminho, encosta acima, a ver um viaduto pendurado lá em cima à saída do vale. Nesta subida, em caminho de floresta, ouvia as águas agitadas do ribeiro, umas vezes bem perto, outras à distância.
Contornando como possível algumas poças de lama, subindo um troço de muitas pedras até chegarmos à estrada, onde tivémos de fazer um troço (menos de 1 km) em comum com muitos camiões, e foi talvez o trecho mais perigoso, ou assustador, para mim.
Voltando aos trilhos, natureza pura, muita conversa, fomos chegando cada vez mais perto de Tineo, o nosso destino de hoje.
Encontrámos pelo caminho o António, que caminhou e conversou connosco durante algumas partes desta etapa. Passámos à porta do famoso «Bodenaya» - um albergue famoso para quem faz este #camino, completamente desconhecido para mim - e mais à frente, na igreja de El Pedregal, à beira da estrada, aproveitei para colecionar mais uma carimbo (C7).

As indicações do #camino levam-nos até à igreja de Tineo, e a partir desta, de novo para fora da vila, para quem vai continuar. Assim, tivémos de ir à procura do albergue municipal, meio que tacteando as ruas e interrogando as pessoas. No centro da vila, entrei no «Ayuntamento» para pedir informações, ou um mapa.
Percebemos que o albergue municipal ficava um pouco fora de rota, ainda a 1 Km daquele ponto, pelo que escolhemos ficar logo ali, num albergue privado (C8), o primeiro albergue privado desta viagem.
Partilhámos o albergue com o António, e conhecemos um americano chamado Mark - «oh... Hi, Mark!» - que se apresentou como estando também relacionado com alguns filmes de Hollywood. Tomámos duche para refrescar, e tentei fazer um curativo a um novo problema que me surgiu nas coxas3.

Almoçámos num hotel muito próximo, onde também almoçava um casal de peregrinos franceses, com quem penso que já nos cruzámos no caminho destes dias. Aproveitámos a tarde para lavar (e secar) roupa na máquina disponibilizada pelo albergue, e fazer compras no supermercado, preparando o dia seguinte. Para jantar, uma vez mais algo leve - uns «pinchos», a ver a bola.
O saldo para este dia fica em 21.59 Km, agora é dormir!
Na continuação deste artigo, pode querer ler:

O CAMINO - Capítulo IV: Tineo - Samblismo

Sobre o autor

Alter-ego: ALCOR :: Procuro estar atento ao mundo, informar-me, ponderar uma opinião... mas entretanto alguém me gamou a password e consegue publicar cenas que eu, apesar de pensar, nunca diria da boca para fora, porque a minha mãe me educou para filtrar estas coisas e eu não a quero desapontar. As reflexões, opiniões e partilhas aqui publicadas não estão autorizadas a sair daqui. «What happens in vegas...»

Sobre o leitor

Um perfeito desconhecido, amigo de longa data... uma pessoa 5 estrelas, amigo do amigo, devia abrir-se mais aos outros.