Espaço

5 blogs pelo preço de 1 gratuito

A partir do single lançado por Elton John em conjunto com Dua Lipa, descobri este trabalho recentemente editado e publicado. Fiquei surpreendido pelo rol de artistas convidados que se associou a Elton John (dos quais reconheci maior parte dos nomes, o que não é normal), e curioso para ver o resultado de tais parcerias. Ouvi do principio ao fim, num duplo desafio de reconhecer músicas de outros tempos (e lugares) e vozes de outros cantores. Gostei bastante do resultado, embora apenas 3 faixas das 17 me tenham realmente cativado. Deixo um 6/10 e revisitarei mais vezes este álbum à procura de algo mais que me permita aprender a gostar (ou valorizar) este projecto. Guardo comigo o «Nothing else matters».
Este post tem o patrocínio da Servdebt, não porque me paguem para escrever, mas porque foi graças à minha entidade patronal que tive acesso a este livro, assente numa pilha de outros livros no espaço Lazer do escritório. Apesar de ter nas mãos um livro novinho em folha, com uma capa extremamente moderna, o romance - ou deverei dizer «o drama» - foi escrito 1847, e transmite uma realidade que remonta ainda mais atrás, na segunda metade do século XVIII. Não exagero quando me refiro à obra como drama, porque num exagero de romantismo obscuro, a história de amor é veiculada sobretudo com morte, ódio e vingança, ao ponto de eu me querer tornar personagem para ir dar cabo daqueles que pela força obrigam a injustiça. Dou a nota de 8/10, porque gostei da forma como a responsabilidade da narração vai sendo dinâmicamente atirada entre personagens, e porque gostei da forma como tudo é escrito, e porque me identifico com muitos dos sentimentos retraídos ou sufocados, embora me pareça difícil desfazar-me de uma realidade como a minha para outra onde tão facilmente alguém adoece ou morre de desgosto e desamor.

Ouvir 12 álbuns: Voyage - ABBA (2021)

A voz na rádio diz que estamos a ouvir o último single de Elton John, e de seguida teremos «I still have faith in you» dos ABBA... a reacção foi um «EM QUE ANO ESTAMOS?!?!?», confirmando que estava com as minhas filhas no carro, a caminho da escola... Bem, se Elton John e ABBA lançam novos álbuns, lá terei eu de os ir ouvir... começo por falar de ABBA. É verdade incontornável que os ABBA têm imensas boas canções de grande sucesso. Mas também afirmo como verdade que ABBA nunca foi do meu tipo de banda nem de música... Este novo álbum enquadra-se no geral do álbuns de ABBA, como algo que para mim não me move, não me traz vontade de ouvir, não me traz felicidade. 5/10 porque fico tentado a penalizar a mania dos "regressos" 20 anos mais tarde (neste caso, quase 40), regressos a soar a "precisamos de dinheiro"...
Não sei bem porquê mas tinha para mim que esta obra era uma referência da literatura nacional, tanto que já conhecia o nome de cor, sem nunca saber de que tratava. Após a leitura, e de procurar alguma informação adicional sobre a publicação e a crítica, concluí que não é muito mais que um policial banal. A minha nota é de 4/10, porque a escrita não me pareceu interessante, antes confusa e maçuda, e porque toda a história parece aquilo que por vezes aparace embutido na narração: um relatório policial.
A mistura de géneros é o factor que sobressai, com sons mais tradicionais da guitarra portuguesa misturados com samplings modernos, e a voz firmando a música tradicional portuguesa reinventada, numa mistura executada de forma perfeita com muito bom-gosto. Dou a este álbum uma nota positiva de 7/10 (quase 8) porque é o tipo de som que me prende na curiosidade, me cativa pela inovação, e me vence pela poesia das letras tão bem cantadas. De certeza que vou mergulhar no resto da obra deste projecto, o qual foi criado por vários nomes conhecidos no panorama musical português.



Pág. 23 de 37

Sobre o autor

Talvez tenha demasiado tempo livre, e invente por 5 pessoas diferentes... pelo menos não ando nas drogas. E não, não sofro de esquizofrenia!, embora tenha muitas faces diferentes... Tenho uma paixão por astronomia, um forte interesse por informática, um perfil para (não) ser pai, uma família «out-of-my-league», uma visão distópica da sociedade, uma mania que tenho piada, uma educação conservadora, uma introversão crónica acentuada, um sonho de ser aceite.

Sobre o leitor

Um perfeito desconhecido, amigo de longa data... uma pessoa 5 estrelas, amigo do amigo, devia abrir-se mais aos outros.