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O CAMINO - Anexo II - Timeline

Oviedo
- - - - - - - - - - 1 Maio 27,78Km
Grado
- - - - - - - - - - 2 Maio 25,19Km (52.97Km)
Salas
- - - - - - - - - - 3 Maio 21,59Km (74,56Km)
Tineo
- - - - - - - - - - 4 Maio 17,82Km (92,38Km)
Samblismo
- - - - - - - - - - 5 Maio 26,94Km (119,32Km)
Berducedo
- - - - - - - - - - 6 Maio 21,86Km (141,18Km)
Grandas de Salime
- - - - - - - - - - 7 Maio 26,33Km (167,51Km)
A Fonsagrada
- - - - - - - - - - 8 Maio 25,02Km (192,53Km)
O Cádavo
- - - - - - - - - - 9 Maio 30,31Km (222,84Km)
Lugo
- - - - - - - - - - 10 Maio 20,68Km (243,52Km)
San Romao da Retorta
- - - - - - - - - - 11 Maio 28,28Km (271,80Km)
Melide
- - - - - - - - - - 12 Maio 34,78Km (306,58Km)
Pedrozo
- - - - - - - - - - 13 Maio 20,20Km (326,78Km)
Santiago de Compostela!

1) Oviedo: Cidade Suja, Cidade Limpa

Cheguei a Oviedo e pareceu-me uma cidade como tantas outras cidades no estrangeiro, que até são limpas mas os seus passeios em cimento dão um ar mais cinzento e portanto mais escuro, que o habitual em Portugal, onde a calçada portuguesa com passeios brancos dá uma luz diferente.
Nas viagens para a frente e para trás, à procura de onde comer, vimos mais que uma vez um «ritual» para servir a sidra típica das Astúrias, esticando o braço bem acima da cabeça, com a garrafa a deixar cair o seu conteúdo para um copo seguro com a outra mão junto à cintura. Há-de ser uma tradição daquelas que nem se sabe de onde vem, mas que aceitamos como normal.
Neste jogo de acertar no copo a metro e meio de distância, há os bons jogadores e os maus jogadores, e por isso também vimos com alguma frequência, nas esplanadas, o ritual a dar em asneira espalhada pelo passeio.
Com uma bebida como a sidra (semelhante à cerveja) o cheiro acumulado nos passeios não haveria de ser grande coisa, com o passar do tempo.
De manhãzinha, quando fui do albergue à Catedral para começar a verdadeira aventura, vi vários carros municipais em várias praças maiores do centro histórico, a lavarem o chão à mangueirada. Confirmado pouco depois por um grupo de malta local, meio ébria e vinda da sua noitada, que nos interrompeu para um foto de grupo e uma pequena conversa sobre como Oviedo é considerada uma das cidades mais limpas de toda a Europa, e que o processo de lavagem é feito TODAS AS NOITES! Mais difícil do que manter a cidade limpa, é estar constantemente a sujar e a limpar. Mérito para Oviedo.


2) Chegar à América

Logo no primeiro albergue, tudo foi «diferente»... mesmo sendo o meu primeiro #camino, eu percebi que era diferente.
A pessoa que nos recebeu no final da primeira etapa não era espanhola, mas sim norte-americana. Revelou logo ser uma pessoa acessível com quem falávamos facilmente, e ao mesmo tempo de forma profunda ou íntima. Era também atenta e atenciosa, procurando o bem estar dos peregrinos.
Numa partilha de como fora ali parar, contou a história do seu primeiro #camino, e como no final da primeira etapa, teve um problema que a impediu de continuar. Explicou que toda a vivência lhe parece na altura superficial, mas quando voltou para os E.U.A, «caiu a ficha», e logo percebeu que o #camino já representava algo maior na sua vida, que não saberia explicar, mas que a chamou de volta.
Ficámos com a metáfora do "chegar à América" para marcar os momentos em que previámos que cada outro iria cair em si e mudar a sua vida para sempre impulsionado pelo Camino de Santiago de Compostela!


3) Óleo de Côco e a pele assada

Na primeira etapa, fiquei logo com um problema no joelho. Tive de fazer gelo e anti-inflamatório, para poder continuar, e gerir o esforço do mesmo. Mas ao final da segunda etapa, o joelho não chegou a ser preocupação porque fiquei com as coxas quase em sangue devido à fricção entre elas (estou gordo!)...
Na altura desvalorizei e achei que no dia seguinte já estaria melhor. E no dia seguinte, não sentindo grande dor, acabei por forçar a terceira etapa a friccionar as coxas, pelo que cheguei ao fim com dificuldade e com a pele das faces interiores das coxas num estado lastimável.
Em Tineo, eu cheguei a ir à farmácia comprar compressas e adesivo para tentar fazer um curativo que permitisse continuar a caminhada sem pôr em causa a minha saúde. Em conversa com quem tem mais experiência que eu, foi-me referido que algo à base de óleo de côco ajudaria imediatamente a hidratar a pele e a reduzir substancialmente o atrito.
De volta ao albergue, apercebo-me que existe uma mesa cheia de pequenas coisas esquecidas por peregrinos no passado... champôs, desodorizantes, pentes, até uns binóculos lá estavam. Aproveitei para procurar se existia algum creme gordo que pudesse ser-me útil, e eis que naquele «mercado» super barato (gratuito, na verdade) encontrei uma bisnaga de um produto à base de óleo de côco, que passei a usar para besuntar as coxas todos os dias antes do arranque da etapa.
Só depois de algumas etapas a fazer este procedimento, e a notar melhorias significativas nas dores e no estado da minha pele, é que, ao analisar a bisnaga com mais atenção, fui confrontado com o facto de aquilo ser GEL DE BANHO e não CREME HIDRATANTE.
Conclusão: continuei a usar!!
A verdade é que eu notava que estava a ter resultados, e por isso continuei a usar até ao final da Peregrinação.


4) Porque lavava a roupa tantas vezes?

Na verdade, nos primeiros dias sujei demasiada roupa... usava e colocava num saco para lavar posteriormente, mas percebi rapidamente que teria de ser menos exigente sobre o estado impecável da roupa ao início do dia, e a gerir as mudas de roupa que tinha.
No entanto, e relacionado com a história anterior, a verdade é que eu levava somente boxers desportivos, e nas 6 peças que levei, havia duas que eram maiores e em algodão, e os outros 4 numa fibra sintética, mais elástica.
Com o episódio das coxas a ficarem quase em sangue, percebi que as peças sintéticas não me protegiam as coxas, por serem muito fininhas e terem uma elasticidade que as puxava pela perna acima. Por isso desde a 3ª etapa até ao final, teria de conseguir gerir somente 2 pares de boxers.
Vai daí, todos os dias tinha de ter a preocupação de lavar essa roupa interior que era escassa.


5) I don't want to carry it! It's too heavy!

Em Lugo, já deitado na cama, fui abordado por uma rapariga alemã que me perguntava se eu conhecia um peregrino Português que também era Alemão. A descrição remetia-me para o David, mas também não tinha qualquer contacto, portanto não a podia ajudar.
Ela explicou-me que havia um rapaz que nesse dia teve de desistir do #camino por lesão, e que a tinha encarregue de fazer chegar ao David um objecto que este tinha emprestado ao desistente. Depois disse-me "I don't want to carry it, it's too heavy".
Disse-lhe que de manhã falaria com os portugueses a ver se havia alguma forma de entrar em contacto. A solução dela foi deixar o objecto junto ao guichet de checkin.
De manhã, explicando a situação, o Manel conseguiu usar a ligação Instagram de um outro espanhol, e através deste conseguiu pôr-se em contacto com o David. Ficou combinado que haveriam de se cruzar durante o dia, portanto o Manel carregou o objecto.
Obviamente que o remate desta história tem de ser algo completamente surreal como: o objecto em questão era uma joelheira, que não pesaria mais do que 200g


6) Lições de Vida

Conheci uma pessoa, e tive tempo para conhecer toda a história de vida de alguém que, sendo novo, esteve confrontado com problemas cardíacos sérios. Pôs-me logo "em cheque", pensar que depois desse episódio da sua vida, já tinha feito o #camino 4 vezes, e todos os dias encarava as etapas com optimismo.
Depois conheci um homem britânico, que também já tinha feitos vários Caminos, e que fazia agora o Camino Primitivo, de dificuldade mais elevada... com a pequena nuance de ter 79 anos de idade, e mesmo assim fazia todas as mesmas etapas que eu.
Em terceiro, conhecemos um exemplo de força quase sobrenatural, que fez algumas etapas coincidentes com as nossas (embora poucas vezes tenhamos de facto cruzado com ele no #camino). Doente oncológico, com dois tumores do cérebro, arrasou completamente a hipótese de eu me queixar do que quer que fosse.


Notas MESMO finais

* A fotos não são todas minhas, agradeço a quem me emprestou algumas fotos do seu acervo pessoal, mesmo sem saber, para que eu pudesse ilustrar estas crónicas.
* Estas memórias servem-me como auxiliares de memória, pois sei que o tempo vai apagar grande parte da experiência. Que fique o mais importante na memória, e tudo o resto nestes textos. Assim, pode acontecer eu editar estes artigos para os enriquecer com mais pormenores que considere importante registar para a posteridade. Quero com isto dizer que amanhã, os textos podem estar diferentes.
* Os peregrinos com quem me cruzei que entram nesta narrativa não sabem que escrevi isto (provavelmente nunca saberão), e nem tenho o consentimento para partilhar os seus nomes e suas histórias... por isso, os nomes que leram podem ser reais ou fictícios, e as referências aos mesmos estão concerteza toldadas pela minha visão dos acontecimentos, pela minha memória das palavras, pelo meu jeito próprio de narração.

O CAMINO - Epílogo

Terminou no dia 13 de Maio! Chegámos a Santiago de Compostela depois de percorrer +320 Km por montanhas e vales, planícies galegas e poças de lama, à chuva, ao sol, de noite, de madrugada, de manhã, a caminhar, a coxear, em oração, na galhofa, em profundo abandono, em plena realização.
Trago memórias, trago fotografias e recuerdos, trago aprendizagens e experiências, trago inclusivamente uma pedra galega. Trago um profundo agradecimento a quem me levou e a quem me empurrou montanhas acima, trago admiração pelos que se cruzaram comigo, trago dicas para quem quiser ir, trago dúvidas se voltarei a fazer outra destas.
Trago a credencial, carimbada, e trago a Compostela, e trago as pequenas private-jokes, e trago um turbilhão confuso de sentimentos, que nos fazem pensar na vida, nos sonhos, na crise dos 40, no futuro, na família e nos amigos, e nas flores - todas as flores que lá ficaram por onde caminhei, e as que por cá assinaram a saudade de casa.

Buen camino!


Nem sei a que horas acordámos. Foi bastante cedo, mesmo sendo uma etapa mais curta. Arrumámos as mochilas e preparámos tudo para partir, uma última vez.
À saída do albergue, ainda falámos com um peregrino português, natural dos açores, que já vinha com 31 dias de peregrinação, no #camino Francés. O plano dele era chegar a Santiago hoje, e depois começar amanhã o #camino Portugues, mas no sentido inverso!, até ao Porto.
Saídos do albergue em direção ao #camino, ainda de noite, parámos junto ao primeiro marco oficial para a oração, e depois embrenhámo-nos no bosque. Continuo sem saber quão cedo era, mas no meio do bosque não se via literalmente nada. Normalmentem, quando caminhávamos no escuro deixávamos os olhos habituarem-se à escuridão durante uns minutos. Mas neste troço, havia muitos mais peregrinos do que estávamos habituados, e todos eles «navegavam» de lanterna, criando pequenas bolhas luminosas ao longo do caminho debaixo das árvores.
Ultrapassámos um grupo de 4 ou 5 mulheres um pouco mais velhas mas nitidamente portuguesas. Foi só uma troca de cumprimentos, e as perguntas habituais do "de onde são?" e "começaram onde?". Não fixei as respostas, penso que eram do norte... talvez Aveiro. Apercebi-me que uma percebeu que éramos de Coimbra em vez de Sintra. Sem problemas, Siga!, que em frente é que é o caminho...

Continuámos a subir uma pequena colina, já com mais luz do dia. Pedrouzo e Santiago ficam quase lado a lado, mas não é possível viajar entre eles em linha recta, pois precisamente no meio fica o aeroporto de Santiago de Compostela. Assim, o caminho faz um desvio para passar a norte do aeroporto, passando bem perto da pista, o que permitiu ainda ver alguns aviões a descolar.
Mais ou menos quando chegámos ao topo norte do aeroporto, o sol estava a nascer. O local tinha uma vista desimpedida para esse espectáculo natural, apesar de a envolvente ser uma autoestrada que estragava um pouco o enquadramento.
Encontrámos nessa zona uma escultura relacionada com Santiago onde muitos peregrinos deixavam objectos, pedras, fotos. Pouco mais à frente passámos por um marco com um aspecto up pouco diferente, marcando o caminho para quem saía do aeroporto a pé, em direção a Santiago.
Houve um momento em que o caminho passou em frente a uma Igreja, e os peregrinos que iam à nossa frente desceram umas escadas para o lado direito. Eu vi um marco oficial do #camino noutra direcção, e uma vez que já estávamos à procura de um local para comer qualquer coisa, assumimos que também aqueles peregrinos iam em busca de um café. Decidimos seguir as indicações do #camino até que conseguíssemos encontrar um estabelecimento junto ao percurso.

Só vários marcos mais à frente percebemos que estávamos a fazer uma variante ao caminho original. Sem problemas... seguimos em frente! Não era um engano daqueles que nos obrigava a voltar atrás.
Numa subida na estrada, encontrámos o Jaime, e aproveitámos para uma foto, pois já chegara o dia das despedidas, e talvez não nos encontrássemos na Cidade.
Um pouco mais à frente, um marco com umas botas... será que alguém decidiu terminar o #camino descalço?
A paragem para comer acabou por ser num barzito anexo a um Camping Peregrinos - um «café com leche» e uma fatia de bolo de laranja tão grande que dava para ser o farnel da uma etapa inteira... e foi, de facto.
Uma coisa que notei nestes 13 dias foi que, tanto nas Astúrias como na Galiza, avistámos pouca fauna. Vimos vários tipos de pássaros diferentes, comuns; milhares de vacas que não contam; umas quintas com ovelhas, alguns locais com cavalos, dois ou três burros. Tirando os lagartos coloridos de Samblismo, e duas pequenas toupeiras pretas, não avistámos mais nada... nem coelhos, nem esquilos, nem veados ou javalis, ursos, raposas, ratos do campo, cobras.... nada. Mesmo sendo grande parte do caminho em zonas bastante naturais, a única forma de vida que víamos frequentemente nos trilhos eram as lesmas, bem gordas e pretas.
Neste último dia, e já nos limites da cidade grande, fui surpreendido - porque olhava para o chão - com um «WOW!» entusiasmado... Algures à nossa frente, foi avistado um animal a cruzar a estrada, aparentemente um veado. Eu não vi, pelo que caminhei ansiosamente até chegar ao ponto do avistamente, tentar procurar ainda sinais de movimento. E vi de facto algum movimento, já longe e no meio de vegetação, pelo que não consegui ver ao certo o que era. Fica classificado com um avistamento de veado, para poder entrar nesta história.
A certa altura, começámos a fazer #camino em conjunto com um grande grupo de miúdos - uma turma de escola ou um grupo de jovens. À porta de uma capela, todos desviaram caminho para a esquerda, mas os marcos continuavam para a direita por isso, seguimos sem eles. Este marco tornou tudo mais interessante para a recta final da peregrinação: dali, já se via ao longe a linha da cidade com as duas torres da Catedral, muito pequeninas, mas a marcarem a sua presença. Já está mesmo ali! A mente navega rapidamente pelos 310 Km que ficaram para trás, e foca-se nos poucos que estão à frente, o verdadeiro desafio do presente.

A descida em direcção da cidade foi ao lado de uma série de edifícios organizados, num espaço arranjado e com grandes jardins. Era o Monte do Gozo, um campo para albergar peregrinos, em grande quantidade, para grupos ou excursões. Para mim, já era conhecido, pois já o tinha visitado no início do século, numa viagem do grupo de jovens.
A paisagem transformou-se gradualmente em Cidade, e a placa que oficializava a entrada em Santiago é um ponto apetecível para as fotos.
Avançámos pela cidade dentro, para depois começarmos a ver a cidade tornar-se mais velha, chegando ao centro histórico. Aproveitei uma igreja aberta para obter um último carimbo (C34), e depois, já se ouvia o som típico do centro daquela cidade, com uma música de fundo em gaita de foles, e a agitação dos habitantes, turistas e peregrinos.
A entrada na praça foi mesmo como um filme. Milhares de pessoas, cada um na sua, uma praça imponente com uma catedral deslumbrande. O momento fica para a memória, muito pelo sentimento de conquista. Na verdade, eu já estive naquela praça por quatro vezes - não me guardava grandes segredos ou surpresas. Mas conquistar o "direito" de chegar ali como peregrino deu um sabor bem diferente.

Tivémos oportunidade de reencontrar alguns dos peregrinos que fomos conhecendo. O romeno, que já não víamos há muito tempo, foi o primeiro. Depois a Andrea, depois os dinamarqueses e o Chase, mais à frente o Jaime...
Agora sim, o relógio re-entrava com força na nossa vida. Havia a urgência de ir tratar da Compostela - a certificação da peregrinação - o que poderia tomar muito tempo. Acabámos por demorar pouco mais de 40 minutos e saímos de lá despachados, com um último carimbo [achava eu] da Oficina do Peregrino (C35).
Depois havia a urgência de tentar chegar a tempo à Missa do Peregrino. Acabámos por entrar a tempo, numa catedral já bem recheada de fiéis, e celebrámos intensamente a Santa Missa, com benção de peregrinos e bota-fumeiro. No final, aproveitando uma fila de espera curta, passámos pelo túmulo do apóstolo. À saída, na lateral da Catedral de Santiago, finalmente um pequeno respirar fundo, para deixar pousar o que já se havia conseguido. Finalmente um abraço. Finalmente a realização!
Mas durou pouco... De seguida veio a urgência de confirmar o ponto onde no dia seguinte teríamos de apanhar o autocarro, numa zona um pouco mais afastada, para sul.
Para acabar, a urgência de arranjar um albergue que fosse perto do centro mas também do terminal rodoviário. Resolvidas as urgências - com mais um carimbo «batoteiro» (C36) do albergue onde fizémos check-in + duche - havia o resto do dia era para desfrutar daquela cidade mágica. Almoçámos, e depois fomos passar a porta santa, aproveitámos para rever a catedral por dentro. Aqui encontrámos o casal de franceses, com quem aproveitámos para tirar uma foto em conjunto.
Comprei uns recuerdos, passeámos pela cidade, parámos numa esplanada para aproveitar o fim de tarde. Na descompressão da aventura, acabámos por ter uma conversa mais profunda sobre quem somos e por onde podemos crescer. Mais uma volta para despedir, vendo o centro já ao anoitecer, e de seguida, fomos para o albergue. Uma última noite em modo peregrino e depois acabou-se.
O saldo para este dia fica em 20.20 Km, os últimos de 320 Km inesquecíveis... agora é acordar!



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Sobre o autor

Talvez tenha demasiado tempo livre, e invente por 5 pessoas diferentes... pelo menos não ando nas drogas. E não, não sofro de esquizofrenia!, embora tenha muitas faces diferentes... Tenho uma paixão por astronomia, um forte interesse por informática, um perfil para (não) ser pai, uma família «out-of-my-league», uma visão distópica da sociedade, uma mania que tenho piada, uma educação conservadora, uma introversão crónica acentuada, um sonho de ser aceite.

Sobre o leitor

Um perfeito desconhecido, amigo de longa data... uma pessoa 5 estrelas, amigo do amigo, devia abrir-se mais aos outros.